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Mostrando postagens de 2017

NATAL DAS CONTRADIÇÕES

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Natal das contradições, entre trancos e barrancos, lutas e desavenças,  desesperanças e esperanças, dificuldades e oportunidades,  esquecidos e lembrados, ainda assim é Natal. Alguns como Maria se alegram,  outros como Raquel choram,  mas ainda assim é o Natal. Sim o menino é motivo de contradição já dizia o sacerdote Simeão. Alguns o celebram com tristeza talvez movidos pela ausência de seus entes,  outros com alegria talvez motivados pelo verdadeiro sentido do Natal. Alguns o celebram com a mesa farta,  outros com a barriga fraca e outros ainda com a mesa em falta, mas ainda assim é Natal. Não se sabe quando, não se sabe como, nem porquê devemos celebrá-lo,  mas ainda assim o fazemos pois é Natal. Devo festejar? Devo me alegrar? Demostrar minha indiferença?  Ou sua devida reverência? E se o faço,    Por qual motivo o faço?  E a qual Natal? Ao Natal do capitalismo? Ao Natal da burguesia,  ou da hipocrisia?  Do escr

MÁSCARAS ILUSÓRIAS DE UM NÃO - AMOR

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Prepararei a mesa, acenderei as velas, rosas pretas, e na cama mantos rotos servem. Cuidarei de cada detalhe, preciso me certificar que tudo está fora da órbita. Meu vestido? sim, este quero-o coberto de ilusões, bordado com rendas de promessas vãs, e adornado com pedras da escuridão para que fique a vista a minha estupidez. Nesta noite quero tudo aos detalhes nada pode falhar. Calcei meus pés com as palavras do teu amor vazio, e não me importarei de trocar meu valor pelas feridas de uma paixão mortífera. Em meus cabelos cuidarei de ter no alto a coroa da idiotice, desde que me mintas um amor; Darei um banquete aos abutres e de alegria minha carne servirei. Tu juras em mentiras sérias que nada exiges de mim, a penas amor. A mim nada pedes e sem insistência ofereço minha imbecilidade. Tomas meu corpo já sem a alma, porque de vergonha fugiu-me. Pisas minha honra perdida, ao reduzir-me à escória, só desvia de mim teu olhar. Devoras os gritos da lucidez que por ins

RAIO ESPERANÇOSO DE MUDANÇAS

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Dois mil e dezassete ainda não terminou, mas se configura como um ano significado na história do povo angolano, já que, ao fim de 38 anos sob a governação de um único líder, Angola teria um novo presidente. Nesta reflexão não se visa retratar as atrocidades do passado, nem dos feitos do passado, não se pretende nem enaltecer, nem menosprezar. Para bem ou para o mal os feitos falam por si, é só olhar para a realidade da estrutura social, cultural, política e económica e tirar cada um a sua própria ilação.  Agradeceremos assim ao ex-presidente pelo "ganho da paz", pelo governo de transição, pela reconstrução da nação, pela colocação de Angola no senário político internacional, etc. Porém nos ressentimos pela pobreza generalizada, pela falta de diálogo/intolerância, pelo fardo da corrupção, pelos nepotismos, pelas arbitrariedades sobre os mais fracos e improbidade/tolerância para com os mais fortes, etc. Todavia, como se diz nos ditados populares "quem v