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Mostrando postagens de 2021

ANO NOVO, VIDA NOVA? ASSIM ESPERAMOS!

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O velho ano esboça os últimos suspiros, exala a última respiração de um ano sofrido, cansado, envelhecido. Sofrido dos inúmeros egoísmos na corrida dos sonhos por conquistar. Cansado de ser amaldiçoado por aqueles que nada realizaram. Envelhecido pelos corridos trezentos e sessenta e seis dias: mesmas promessas e poucas mudanças. Para alguns, foi um ano alegre, ainda que dentro dos parâmetros do "novo normal"; para outros, triste, afinal não podemos nos esquecer de estarmos vivendo ainda no dito novo normal. Para poucos, célebre, pois mesmo em época de crise - neste caso sanitária - há sempre oportunidades a serem extraídas. Ao passo que para muitos, catastrófico. A nova onda está aí para nos lembrar disto. 2021 se vai, certo de que a nenhum agradou ou desagradou por completo. Mas o que importa? "Nem Cristo a todos agradou" alguns diriam. Verdade mesmo é que foi um ano repleto de tantas surpresas, seja para mal ou para o bem! Particularmente foi um ano agridoce. A n

“Olha-me, a história de um país perdido: Marés vazantes de gente amordaçada, a ingênua tolerância aproveitada em carne”

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  Olha a história do Deus encarnado, do amor sem máscaras, do preço pago, da irrupção de alegres novas; podes ver?  Olha a história que deu origem ao "bandido bom é bandido morto" e se "caiu" no corpo errado tá morto, que vida osso! Podes enxergar? Olha a história de quem nada fez para merecer tal brutalidade desproporcional, a não ser pela lógica de uma política canibal. Vez alguma semelhança? Olha a história do servo sofredor, do rosto sem rosto, do humano desumanizado, da raiva escancarada, da carnificina do horror, mas que terror. Podes perceber? Olha a história do cuspido não cupido, batido não exaltado, vaiado não ovacionado, questionado não acolhido, desdenhado não admirado muito menos reverenciado. Consegues entender? Olha o corpo caído no chão sem compaixão, uma, duas, três...e quantas vezes mais se permitires enxergares. Mas será que consegues captar? Olha a corrente nas mãos, o fuzil nos ombros, a vigilância dos gestos, os olhares pávidos, e os julgamento

NOVAMENTE 4 DE FEVEREIRO

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Novamente 4 de fevereiro! Novamente luta pelo espírito aventureiro, Novamente um povo gritando por socorro, É a revolta do guerrilheiro diante do uivar da carniceira necropolitica; De novo 4 de fevereiro! De novo o suspiro pela sobrevivência, De novo a bala calando à inocência, De novo a pacificação cedendo à raiva, De novo o espanto do assombro dando vazão ao horror, mas que terror!  É o inocêncio clamando ser inocente, é a farda dizendo mato, é o mato cobrindo os inocentes que nele se abrigam, é o policiamento repressivo suprimindo o preventivo. Mas não faz mal, afinal, a polícia não está para dar rebuçados (doces), muito menos para aplicar o princípio da proporcionalidade/razoabilidade dos ditos Estados democráticos, assim eles afirmam ao passo que uns filmam! Outra vez, a repressão percorre pela "caça as bruxas"  Outra vez, há quem, nessa Caixa, não se encaixa,  e, outra vez, o demônio se encarga e para a vida caga,  Kofeka ya Mama N'gola (na terra da mamã Angola) def

REPÚBLICA DAS BANANAS

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"O que estamos assistindo neste momento é uma porcaria de república das bananas". Assim descrevia o deputado Norte americano Marke Callgher, aquilo que a comunidade Negra Norte americana à muito denunciava: o terrorismo em forma humana sob custódia/mirada de um Estado permissivo. No entanto, devo confessar que a expressão "república das bananas" não é novo no meu linguajar, afinal, sou cria de um Estado denominado pelos teóricos de "Estado Biforcado" (Mandani, 1996); "Estado necropolitico" (Mbembe, 2018) ou simplesmente aquilo que o Raper angolano MCK denominou de "o país do pai banana". Neste tipo de república, a violência/repressão se configura no modus operandi do Estado. Todavia, ela é seletiva, já que dão os pacíficos por violentos (geralmente o corpo Negro (diaspóra negra)/os pobres marginalizados oprimidos/contextos africanos) e os violentos por pacíficos (o corpo extremista branco / a elite) e desta forma aplicam medidas des