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Mostrando postagens de janeiro, 2018

APLAUSOS E CANÇÕES

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São pesadas as correntes que por muito carreguei esperando gritar liberdade Tive que comer minha carne e beber meu sangue para perceber o quão faminto estava Em teus braços, oh solidão! Em teus braços agasalhei-me com tempestuosas promessas. Vazei meus olhos tornando mais nítida a escuridão que me assombrava Memória tenho para as inúmeras vezes em que contigo não caminhei partilhando o sorriso de uma história que só dor me causou Fui chacota deste romance, e de ti não me desfiz porque eternizei as migalhas que sobravam do teu tão raro sorriso Frenético, quis me libertar desta corrente que sempre esteve solta, mas era mais forte a vontade de gemer de dor ao teu lado, que partir cantarolando de alegria Minhas asas cresciam e mostravam a liberdade, eu as escondia, e as convencia da felicidade ao teu lado Não foram poucas as vozes que de fora alumiavam uma nova história Sempre sonolento escolhi acreditar nas promessas que nunca trocamos, alimentei minha al

ANO NOVO, VIDA NOVA? SÓ QUE NÃO!

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Ano novo, vida nova? Só que não! O velho ano esboça os últimos suspiros, exala a última respiração de um ano sofrido, cansado, envelhecido. Sofrido dos inúmeros egoísmos na corrida dos sonhos por conquistar. Cansado de ser amaldiçoado por aqueles que nada realizaram ou não enxergaram, envelhecido pelos decorrentes trezentos sessenta e seis dias: mesmas promessas e poucas mudanças. Para alguns foi um ano alegre, para outros triste, para outros ainda celebre. Ao passo que para muitos, catastrófico. Ele se vai, certo de que a nenhum agradou ou desagradou por completo. Mas o que importa? "Nem Cristo a todos agradou". Verdade mesmo é que foi um ano repleto de tantas surpresas seja para mal ou para o bem! Particularmente foi um ano agridoce. A nível individual metas foram alçadas, a nível económico poucas mudanças, a nível político, Ufas! tantos debates levaram-nos as discussões do século XV –XX: poucas surpresas. Meus olhos contemplaram e meus

MINHA ANEDONIA

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Ainda sobre ontem tenho muito a dizer, oh vida Foi amargo o cálice que me deste a beber Foi o mais transbordante que alguma vez carreguei.  Suportei o peso das inquietações e em passos estáticos meus pés tive que conduzir para uma trilha sem pisadas até então. Lavei meu rosto com o precioso líquido que meus olhos me tinham a oferecer mesmo sabendo que a sujeira estava nas lembranças que aquela triste história deixou. Ainda sobre ontem tenho questões a fazer. Se sobre a vida a única certeza é a morte, questiono aonde ela estava quando desesperadamente gritei por ela? absorvendo meus sentidos ao resumir minha existência em uma ANEDONIA? Esperei que em suas garras adormecesse a minha lucidez, deixando em meus ouvidos a última batida do meu coração embalando minha alma. Mas ela de mim seus olhos desviou. Tomei dozes de desespero ao perceber que meu mundo daltônico tinha agora cores e que eu as podia perceber, vi meus medos serem pintados de coragem. Ontem