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Mostrando postagens de março, 2017

DOR

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Não tenho a inocência de uma criança no ser e nem a firmeza de um homem ao lidar. Sou um vaso forte quando minhas rachaduras fazem-me perceber o quão débil estou. Não sei brincar de amar quando tenho o coração sorrindo de dor. Mil palavras perdem o sentido quando meu silêncio não é ouvido; Minha maior descoberta foi desvendar o desconhecido e descobri o que ainda não sei. Entrei em meu jardim colhi os mais aromáticos incensos sem deles poder sentir o perfume exalado, pelo ardor da alma de quem se embriagou do mais amargo fruto do ventre da vida!  A alma de quem nada tem apenas oferece o que não se pode receber. Estrada confusa. Caminho no desconhecido desvendo meus medos. Quanto mais os descubro mais os desconheço Tenho medo sinto-me inseguro. Meu porto seguro hoje é quem faz balançar meu barco, fortaleço-me em minhas fraquezas; da minha carne alimento-me. Não me peças amor quando a dor se tornou meu cobertor. Dizia Ele, amar é uma arte onde a dor faz

ÁFRICA: O RENASCER DAS CINZAS

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Em uma época em que muito se tem abordado sobre a autonomia e independência não só dos africanos como também do próprio continente africano, em face ao imperialismo ocidental imposto sobre este continente, surge a necessidade dos intelectuais africanos começarem a colocar mão na massa, e "fósforos" para incendiarem e iluminarem os tantos de sujeitos pensantes que este vasto continente tem.   Talvez a resposta esteja bem mais perto do que parece, talvez esteja contido nos contos africanos passados pelos sábios de geração a geração, talvez esteja batendo a porta todos os dias, desdenhando de nossa cegueira maquinada pelo orgulho e sufocada pelas armadilhas epistemológicas ocidentais com intuito de dividir para colonizar ou seria neocolonizar? Resta-nos apenas estar atento a ela.   Tal resposta se encontra no voltar aos fundamentos caraterísticos do próprio continente. Este mesmo fundamento se caracterizará no vetor, ou embrião do renascer do continente africano bem com

OLHA PARA MIM

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Corpo vivo, rosto brilhante, olhos atentos, pés firmes e fortes para pisar com certeza na estrada onde o desconhecido era a meta. Se eu pudesse voltaria para lá e de lá nunca mas sairia. No entanto quando lá estive sempre soube que para cá chegaria. Que saudade que dá. Que vontade me dá de voltar no tempo. Vontade esta de estar no jardim da inocência, quando ainda era criança correndo eufórica para os braços de meu pai.  Como todo bom e eterno aprendiz da vida, não me arrependo de cá estar. Já vi muitas vidas chegarem e muitas outras partirem, já vi sorriso sendo devolvido em lagrimas e amor em dor. Já vi o fedor da traição e a cor do perdão. Já vi o odor da ingratidão e o refletor da gratidão.    Ontem fui a flor da primavera, a primeira do ontem para construir o “hoje”. O tempo leva-me aos poucos aquilo que ele mesmo me deu. Vão-me as forças, pisadas frágeis, olhos esmorecidos, falar trémulo, mas com um coração forte e seguro do que sente. Hoje meu corpo é revestido pelos f