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Mostrando postagens de setembro, 2017

CADÁVER DA OBSESSÃO!

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Talvez meu coração queira ficar. Talvez é a hora da porta fechar. Talvez ele tenha desistido. Talvez ele tenha partido. Ou talvez ela nunca tenha existido Juntei os meus gritos, arrumei os gemidos, e agora sigo o meu destino. Refaço os passos, desfaço os abraços, e dos beijos, já não me quero lembrar. Pois meus olhos querem desancar, Das lamurias e do lacrimejar   Carne crua, alma nua,   vislumbro as lembranças que ainda visitam meus sonhos em claro. Viajo nos detalhes, suspiro aos ares, ao sentir o recado do tempo em seus lábios frescos, então, em gingado sonolento sou carregada pelo vento aos átrios do seu encanto vão. Ali me entrego! Como rio em mares, penetras nas entranhas da minha fraqueza, rasgas a armadura da solidão da qual jurei não mais me desfazer, e num ápice uma fantasia de felicidade colocas no topo da minha cabeça. Oh céus! Outra vez não. Neste instante concebo em meu peito o embrião de uma paixão mortal.

E AGORA ZÊ?

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E agora zé? O show acabou. A luz se apagou. E a morte do artista se adiou. O fim do poço? É uma realidade que se descobre ser infinita. Venceu a lei do mais forte. Venceu a casa grande e o chicote. Venceu a mesma personagem de sempre, só que hoje em um papel diferente. venceu o Estado de exceção, com sua ambiguidade, complexidade, e paradoxalidade. venceu a tia Julia das águas que para alguns é uma bela atriz, ao passo que para outros uma boa meretriz.   Havemos de voltar assim dizia o poeta! Mal sabia ele que era para nossa realidade nua e crua, Para os nossos sonhos frustrados, Para as nossas torneiras sem água, Para nosso "choro" sem encantos, Para nossa perseguição sem trégua, Para nosso desencanto e tristeza. Resta-nos agradecimentos; Agradecimentos pelo belo espetáculo. Sobram-nos lamentos; Lamentos, pela incidência de tal farsa. Enchem-se rancor e descontentamento, entre o furor e o ódio, apenas nos resta a