CADÁVER DA OBSESSÃO!
Talvez meu coração queira ficar.
Talvez é a hora da porta fechar.
Talvez ele tenha desistido.
Talvez ele tenha partido.
Ou talvez ela nunca tenha existido
Juntei os meus gritos,
arrumei os gemidos,
e agora sigo o meu destino.
Refaço os passos,
desfaço os abraços,
e dos beijos, já não me quero lembrar.
Pois meus olhos querem desancar,
Das lamurias e do lacrimejar
Carne crua,
alma nua,
vislumbro as lembranças
que ainda visitam meus sonhos em claro.
Viajo nos detalhes,
suspiro aos ares,
ao sentir o recado do tempo em seus lábios frescos,
então, em gingado sonolento sou carregada pelo vento aos
átrios do seu encanto vão.
Ali me entrego!
Como rio em mares, penetras nas entranhas da minha fraqueza,
rasgas a armadura da solidão da qual jurei não mais me
desfazer, e num ápice uma fantasia de felicidade colocas no topo da minha
cabeça.
Oh céus! Outra vez não.
Neste instante concebo em meu peito o embrião de uma paixão
mortal.
Arrancas do meu ventre, toda doçura, e percebo que nunca
esteve viva esta paixão que em meus braços guardei
Só ali vejo que carreguei um sentimento que nunca esteve
vivo
Desta vez acordo com o cadáver da obsessão.
BY TELMA ALMEIDA
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