DOR

Não tenho a inocência de uma criança no ser e nem a firmeza de um homem ao lidar.

Sou um vaso forte quando minhas rachaduras fazem-me perceber o quão débil estou.
Não sei brincar de amar quando tenho o coração sorrindo de dor.
Mil palavras perdem o sentido quando meu silêncio não é ouvido;

Minha maior descoberta foi desvendar o desconhecido e descobri o que ainda não sei.
Entrei em meu jardim colhi os mais aromáticos incensos sem deles poder sentir o perfume exalado, pelo ardor da alma de quem se embriagou do mais amargo fruto do ventre da vida! A alma de quem nada tem apenas oferece o que não se pode receber.

Estrada confusa.
Caminho no desconhecido desvendo meus medos.
Quanto mais os descubro mais os desconheço
Tenho medo sinto-me inseguro.
Meu porto seguro hoje é quem faz balançar meu barco, fortaleço-me em minhas fraquezas; da minha carne alimento-me.
Não me peças amor quando a dor se tornou meu cobertor.

Dizia Ele, amar é uma arte onde a dor faz parte.
Sem querer pintei este quadro.
Tenho os braços estendidos para si mais não te posso abraçar porque quanto mais me achego mais distante te enxergo.
Flores tenho para ti mais delas de espinhos cobri.
Sei que apenas uma palavra faria toda diferença.
Mais angústia de te magoar faz-me ferir-te cada vez mais.
Perdoa por tornar em cinza nossos dias.
Você é doce e suave em seu falar.
O aroma de sua presença agrada meu respirar.
Bela donzela, Linda jasmim.
Como a bela e a fera meu rosto tornou-se no retrato que não esperas.

Longe me fui Longe de teu coração estou a me tornar, e não sei se tem volta.

Por Telma Almeida

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