ANO NOVO, VIDA NOVA? SÓ QUE NÃO!

Ano novo, vida nova? Só que não!
O velho ano esboça os últimos suspiros, exala a última respiração de um ano sofrido, cansado, envelhecido.
Sofrido dos inúmeros egoísmos na corrida dos sonhos por conquistar.
Cansado de ser amaldiçoado por aqueles que nada realizaram ou não enxergaram,
envelhecido pelos decorrentes trezentos sessenta e seis dias: mesmas promessas e poucas mudanças.
Para alguns foi um ano alegre,
para outros triste,
para outros ainda celebre.
Ao passo que para muitos, catastrófico.
Ele se vai, certo de que a nenhum agradou ou desagradou por completo. Mas o que importa? "Nem Cristo a todos agradou".
Verdade mesmo é que foi um ano repleto de tantas surpresas seja para mal ou para o bem!
Particularmente foi um ano agridoce.
A nível individual metas foram alçadas,
a nível económico poucas mudanças,
a nível político, Ufas! tantos debates levaram-nos as discussões do século XV –XX: poucas surpresas.
Meus olhos contemplaram
e meus ouvidos ouviram um ano das extremidades:
a antiga disputa entre extremistas da esquerdas e extremistas da direita afloraram novamente.
Os velhos e típicos debates sobre a melhor forma de governo, a eficácia da democracia, a questão dos direitos humanos, as noções de liberdades, a função social do Estado e sobretudo as disputas de autoridade por parte dos órgãos de poder seguiram a pauta.
Vi reformas trabalhistas serem feitas,
ao invés de reformas políticas
eles lá têm suas motivações que pouco ou nada servem de respostas. 
Vi que os emigrantes só são bem quistos nos países destinatários quando possuírem capital nos países de origem, e que o capital é o maior fator na aceitação do outro.
Vi que a via da ditadura não se configura na melhor gerência política pois tarde ou cedo a bajulação termina, e o navio afunda: Mugabe e Santos que sejam de exemplo.
Vi que quando deseja-se por mudanças efetivas elas ocorrem. A depender da força de vontade do povo como um todo.
Vi que em pleno século XXI ainda não se ultrapassaram as velhas questões segregacionistas e separatistas.
Pânico e medo surgiram por conta do terror mais que horror.
O novo ano começa, muito encanto, pouco conforto,
pisa-se as trilhas de um caminho incerto,
todavia otimistas das coisas por se fazer nos restantes trezentos e sessenta e seis dias!
Sinais de esperanças têm sido levados a cabo.
A "banalização do mal" têm sido substituída pela "banalização do bem" a fim de que haja um real "amor mundi". E neles nos apegamos para que o mal não triunfe sobre o bem.
Assim, que dois mil e dezoito se configure em uma vida nova e próspera para toda a humanidade!

EMILIANO J. A. JOÃO
  
   

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