PAZ SEM PÃO! ATÉ QUANDO?
Um dia como este era celebrado a tão aclamada paz em Angola, o segundo maior ganho da nação após a independência.
E desta forma ela chegou,
Chegou como quem não quer nada, apenas desatar os nós da sociedade amargurada,
Chegou tímida, envergonhada, acanhada pela longa espera, porém radiante com os sorrisos caprichosos daqueles afetados pela longa demora,
Chegou o sonho utópico de muitos,
Chegou o verão após o longo inverno,
Chegou o sossego após o desespero
Chegou a calmaria após longo tormento,
Chegou o sal que saborearia a vida após mergulhar-se no longo desencanto.
Enfim…
Ao fim, o que importa mesmo é que ela chegou.
Como uma linda noiva se preparando para o seu noivo, ela chegou.
Do passado ela não quer esquecer muito menos nele se prender.
Pelo caminho deixou amantes que deram suas vidas para obter-na,
flertadores que com ela brincavam sem jamais querer em seus braços obtê-la.
Mas ela jamais perdeu a esperança que seu grandioso dia chegaria, e seria por todos aclamada,por todos em pé aplaudida seria.
Sua celebração se deu de forma simples sem contudo ser simplória,
por meio da caneta de uma bic azul,
juntou o sonho dos milhares que por ela suspiravam: de Cabinda ao Cunene, do norte ao sul. O rio Kwanza outrora banhado de sangue dava agora o norte da Angola querida por todos.
Luena dava boas vindas a uma afitriã, que a muito postergava sua chegada!
Enfim…
Ao fim, o que importa mesmo é que ela chegou e com ela os bajuladores, os flertadores que jamais tinham intenção que ela viesse ou que cabeças decaptasse.
Agora vista por todos, saindo da obscuridade, deixa saudades interna e externa do passado para aqueles que se beneficiavam com seu atraso. Pois sabiam o que sua chegada implicaria.
Porém como em queijo vermes buscavam formas de legítimar-se.
Desta forma a tão sonhada paz de todos: viventes, mortos, inocentes e sobreviventes deixou de ser de todos e passou a ser do arquiteto, e o arquiteto usando de seus títulos confundiu-se entre a casa e a senhora da casa, e com isso passou a embelezar à casa, ao invés da pessoa, com atitudes que demonstram conversão de valores.
O caos foi instaurado, as vezes foram ampliando, e o Kwanza deu ar da sua graça ao se tornar esperto, abrindo margem para a saudade do tempo do Kwanza burro, nem mesmo os ôvos da princesa nos alimentavam, o relógio do caçula nos apontavam que era hora de despertar e para a situação da bela donzela paz denunciar;
As denúncias contra o Kambwá e sua matilha cresciam, todavia tinham sempre os amantes da família real,
Os Luvualos da vida que fizeram dos eventos naturais um ganho do cahumbo que pica. E com isso não conseguem entender que o Rio Loando cuja a afluência é o Rio Luáli, é mais importante que o arquiteto da paz para o povo cabindense, pela grande importância no desenvolvimento do interior, relacionado com transporte de mercadorias e pessoas, antes da construção da rede de estradas.
Enfim,
Ao fim, o que importa mesmo é que a paz chegou
E com ela as vozes revoltadas que culminaram na substituição tardia do Mãnzé, para entrar em campo JLÓ. Não é que a substituição surtiu efeito!? Ao menos isso pensávamos, até perceber que a boa vontade era apenas repelente de maribondos. Até agitou o vespeiro deixando-os atónitos, contudo se acomodou, as jogadas surpresas deixaram de funcionar, tornaram-se mais previsíveis do que a encomenda de Nito Alves. O xadrezista nato, tarda dar seu check-mate, se é por falta de adversários ou por "cunharismo" mesmo quem o saberá? Certo é que no jogo das cadeiras se esbarrou e na especialidade de prendedor-mor se licenciou. Já conheço esse filme desde os tempos das cacetes, só que lá delirávamos com um giro do Van-Dame ao passo que no mundo real é a fome que nos faz delirar.
A madame não se rende, e a economia tarda a dar o giro e país ficou mbuve, nem só um gelado acompanhado com bolinho temos. Macron que o diga, rebelo ao ver ser passado no fundo da fila diz: "outra maka mais, os camones se rebelaram". Xi Jinping agradece: "mais uma cama para dormir", Putin faz a festa só não entende a fuga do "espírito socialista ao espírito capitalista," mas faz parte do jogo desde que continue na frente do steide, são coisas de xadrezistas quem vai entender.
Os lobbys continuam e os lobos andam a solta, Vicente que o diga, de lobo mau na Tuga para inocente na banda. Assim anda nosso judiciário perguntem só no zenú. Nu mesmo ficou nosso cofre do Estado, mais vazio que nossas igrejas, nossos vendedores e vendedoras ambulantes, pra quê só já termos bonitos: nossas mamãs zungueiras soa melhor. Agora talvez entenda as correrias dos policias em relação a elas.
O Game voltou a tornar-se violento, operação resgate da sua carta, colocando-nos em cena de cinema estilo Luandawood, ou melhor Hollywood, parecido a GOTHAM CITY só que ao menos nas bandas de lá têm um BATMAN ou GIM GORDON ao passo que nas bandas de cá têm “BATEMÃE” na city.
Que pena que leis não enchem barrigas e malas de promessas não matam fome,
Se outrora gritavam: “paz, paz para quando”?
E num passado mais recente gritavam: “Só há paz não há pão”!
Hoje algumas vozes dizem: “Paz sem pão até quando”?
Enfim,
Ao fim mesmo, o que importa é que a paz chegou
E com ela a possibilidade de repensar o futuro, aprender com o passado para não repetir os erros no presente!
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