CALADO É UM POETA

"O dia que a terra parou", já cantou Raul Seixas,
"Terra de ninguém" diria o oportunista que faz da economia sua idolatria,
Idólatra é aquele que torna o dinheiro maior que à pessoa, 
e de forma egoísta faz da centralidade do seu umbigo o seu deus. Mas quem poderá tirar o véu?
Mamon ganha visão e o povo carrega a opressão de uma luta inglória. Só Jesus na causa o povo suspira!
"Em terra de cego quem têm olho é rei", alegoria!
Desdenhar de uma pandemia que fez milhares de mortos, enfermando outros milhares e levando o restante à reclusão, Loucura!
Tudo isso porquê? devido aos míseros trocados, ou à uma bolsa que de valor só tem a utopia das ínfimas numerações? Louco!
De que adianta os trocados da rua e perder a vida? Louco!
De que adianta ganhar o mundo e perder a alma? Louco!
Do que adianta o atletismo perdendo um próximo? Louco!
Loucura também é achar sanidade no meio de tanta barbaridade.
Joguem ao manicômio! é a voz do cansado em ouvir tamanha insensibilidade
"Calado é um poeta" alguém diria,
Ofensa para aquele que faz das belas palavras o seu ganha pão.
Que mede cada impacto de seus versos no tricotar de sua imaginação,
Que faz a escuridão tocar a luz do dia com a suavidade ou agressividade de suas doces palavras, qual um terapeuta.
É um cão! exclama mais efusivamente aquele que não encontra melhor explicação,
Só pode ser o Capeta! diz outro justificando-se que aquele que é conivente com o mal não merece das palavras ponderação.
Não! É apenas o messias sendo messias de arma na mão, sem amordaças e sem freios.
Capeta, é todo adversário ao raiar da verdade,
Pra treta, se colocam todos aqueles destemidos pela busca da justiça,
Capeta, é todo opositor da vida,
Pra treta, se insirem os defensores da Rhua.
Do mau, adjetivo qualificativo de quem se coloca contra o bem-comum,
Drummond, mentes pensantes que vão além do comum.
Todo mundo em Pânico é o que está a ocorrer,
Minimizar o impacto é o que se tem que fazer
Ironizar os fatos não pode acontecer,
Nada se deve opinar quando não se têm o que dizer.
É em tempo apocalíptico como este que o sábio ganha relevância, feliz é o povo cujo seu mandatário é um sábio e não um lunático: "Quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme".
Em tempos assim de temor, precisamos de esperanças e não risadas, de Cortes e não de palhaçadas. De socorro ao clamor e não de terror,
Não é hora de misturar a comédia ao drama, de Al Pacino só temos um.
Precisamos, isso sim, de sermos um.
Chega das teorias de conspirações, combartamos primeiramente aquilo que aflige nossos corpos, e corações.
Aliás, é este sinônimo de apocalipse: resistência e esperança! A esperança de que nenhum sofrimento é ad-eterno. Pois, um novo amanhã mais sorridente está prestes a rair.

Por Emiliano João

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O PAPEL DO TEÓLOGO NA SOCIEDADE

A LUTA CONTINUA E A VITÓRIA É CERTA

DESAFIO LANÇADO AOS TEÓLOGOS AFRICANOS