A COPA IMITANDO A REALIDADE!

Antes do mais, explico-me de antemão que não sei se é a copa imitando a realidade, ou se é a realidade imitando a copa ou ainda se não é nenhuma das duas, ou ser a penas o antagonismo humano na sua mais plena forma.
Hora vejamos, o primeiro item a ser destacado nesta copa é o do anfitrião indigesto. Durante a propositura da candidatura da realização da copa na Rússia alguns, movidos pelas preferências políticas ou mesmo pelo excesso de oposição mediática em face a Rússia se perguntavam: “é possível vir uma coisa boa deste país “ditador””? Pois bem, descobrimos que não só é possível como também ficamos com o queixo caído com tamanha organização, alegria e beleza Russa. O povo russo gelado e frio anunciado pela difusão maciça da impressa deu lugar, ao povo russo, carismático, gentil e hospedeiro, que tal como qualquer outro ser humano também têm sentimentos e emoções,   Descobrimos ainda, que tolerância não é sinônimo de amor. Afinal estamos fazendo uma grande festa em um país que para muitos é tido como o grande inimigo a bater, e mordeste a parte que festa estamos fazendo na casa deste anfitrião indigesto. Caso para dizer que o ser humano consegue superar-se a si mesmo. Afinal é única espécie com esta façanha de fazer festa na casa do outro mesmo sem gostar dele. Ou seja, conviver com o outro mesmo sem suporta-lo.
O segundo item é a respeito do Juiz imparcial. É o mesmo dilema que o direito se depara: o princípio do Juiz imparcial. É uma prerrogativa constitucional. Nunca se falou tanto em uma imparcialidade do Juízo como nesta copa sobretudo com a implementação do famoso VAR, todo mundo quer que o Juiz consulte o Var e aplique realmente o que o Var determinar, do mesmo jeito no dia-a-dia, com a política conturbada, tudo que se quer é que os juízes consultem a constituição e apliquem o que ela diz. 
Outro item é a imprevisibilidade dos acontecimentos, assim como na vida observou-se que nem sempre aquele que mais habilidade tem é o que consegue ganhar, nem o que tiver mais bem preparado é o que têm chanse das grandes finais. Pois do mesmo jeito que a vida é imprevisível o é também a partida de futebol. 
Outro item também visível foi a antagonia da torcida: observou-se que algumas vezes a tristeza do outro pode representar uma alegria minha. Como é possível ter duas reações completamente antagónica em tão curto período de tempo? O sábio em Eclesiastes nos responde essa questão dizendo que há tempo para todas as coisas debaixo da terra: tempo para se alegrar e para chorar.
Nesta copa, nos emocionamos, nos entristecemos, nos abraçamos, e até para próximo de Deus nos aproximamos.
Falando de religião, a Copa nos deixou uma pincelada do que pode representar a religião na vida do ser humano: todos se lembrarão da imagem do Jogador panamense (vencido) ajuelhando-se e orando ao mesmo tempo em que ajoelhava-se e orava o outro jogador Belga (vencedor). Assim, independentemente do que se diga da religião nos tempos atuais ela continua tendo um papel importantíssimo nas relações humanas.
E por fim, nunca é demais falar sobre a grande temática da imigração. Nesta copa, ficou evidente que a humanidade só tem a ganhar com o movimento migratório e não o contrario, é só olhar para a seleção francesa caso ainda reste dúvidas com 68% de seus atletas originários de pais imigrantes. Sendo assim, bem haja a copa e que seja eterno enquanto durar.    
      

By Emiliano João  

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