MATA-ME EM SILÊNCIO!
Minha carne cheira mal,
e do meu peito, distila uma podridão abismal.
fósseis dos meus atos passeiam pelos olhos.
Oh minha alma!
Como queria manter-te enclausurada, tranquila e sossegada.
Dia e noite clamas aos meus lábios para que dêem voz aos teus prantos.
Ando em labirinto, estou cansada!
zonza, sem gosto, sem sabor. plena anedonia!
Do corpo fugiu-me a vergonha,
escondo os olhos do espelho: de ti oh noite!
Tú que sempre companhia à mim fizeste,
hoje envolvo minha consciência longe de ti,
para que tua luz nela não penetre,
e venhas a descobrir a nudez da minha falsa pureza.
Sou a planta abraçada pela praga do outono,
cairam-me as folhas, apodreceram-me os galhos,
e da minha raiz apenas insectos albergo.
Sou imunda, sou impura, meu fruto é veneno.
Corro apressada sacudindo os espinhos,
tentando me desfazer desta vida de abrolhos
e com o aroma das flores alheias quero meu odor esconder
Tenho na face a estampa das boas obras que outrora pratiquei,
revisto-me de um olhar angelical que há muito desenhei.
Passo pelos portões desta cerimônia que a chamam vida,
que a mim se revela mais pelo nome de miséria.
meus vestidos longos conseguem esconder as mutilações que minhas escolhas causaram,
e meus adornos maquiam as marcas que em mim perpetuam.
Traspasso para o interior do salão,
mas em meus pés as sandálias da culpa cravam seus dentes em meu calcanhar.
Sangra-me a alma e neste ínterim, as cinzas do oculto consideram-me indigna de tanta honra.
O bom senso convida-me do salão a me retirar,
frenética corro para a porta da saída em pés de gato, porém, não posso tocar a maçaneta,
pois sua senha são as confissões dos atos que para muitos nunca os fiz.
contudo continuo pagando o pato!
Disfarçadamente, sento-me e aprecio os últimos suspiros da minha alma em cada elogio a mim feito.
Oh culpa cruel, mata-me em silêncio!
e do meu peito, distila uma podridão abismal.
fósseis dos meus atos passeiam pelos olhos.
Oh minha alma!
Como queria manter-te enclausurada, tranquila e sossegada.
Dia e noite clamas aos meus lábios para que dêem voz aos teus prantos.
Ando em labirinto, estou cansada!
zonza, sem gosto, sem sabor. plena anedonia!
Do corpo fugiu-me a vergonha,
escondo os olhos do espelho: de ti oh noite!
Tú que sempre companhia à mim fizeste,
hoje envolvo minha consciência longe de ti,
para que tua luz nela não penetre,
e venhas a descobrir a nudez da minha falsa pureza.
Sou a planta abraçada pela praga do outono,
cairam-me as folhas, apodreceram-me os galhos,
e da minha raiz apenas insectos albergo.
Sou imunda, sou impura, meu fruto é veneno.
Corro apressada sacudindo os espinhos,
tentando me desfazer desta vida de abrolhos
e com o aroma das flores alheias quero meu odor esconder
Tenho na face a estampa das boas obras que outrora pratiquei,
revisto-me de um olhar angelical que há muito desenhei.
Passo pelos portões desta cerimônia que a chamam vida,
que a mim se revela mais pelo nome de miséria.
meus vestidos longos conseguem esconder as mutilações que minhas escolhas causaram,
e meus adornos maquiam as marcas que em mim perpetuam.
Traspasso para o interior do salão,
mas em meus pés as sandálias da culpa cravam seus dentes em meu calcanhar.
Sangra-me a alma e neste ínterim, as cinzas do oculto consideram-me indigna de tanta honra.
O bom senso convida-me do salão a me retirar,
frenética corro para a porta da saída em pés de gato, porém, não posso tocar a maçaneta,
pois sua senha são as confissões dos atos que para muitos nunca os fiz.
contudo continuo pagando o pato!
Disfarçadamente, sento-me e aprecio os últimos suspiros da minha alma em cada elogio a mim feito.
Oh culpa cruel, mata-me em silêncio!
BY TELMA ALMEIDA
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