ESCOLHAS
Abrem asas e noutros momentos são desastrosas;
Que posso eu fazer? Parado posso não sobreviver;
Escolhi crescer e nas cinzas não adormecer, foi pesado e mais agudo de um cravo, porém ao erguer a cabeça e ver escondida aquela pétala, acreditei que tinha uma roseira que sustentava toda aquela beleza.
Sabia eu que estaria ela coberta de espinhos, não neguei que eles lá ficariam para protege-las dos desafios.
Não vacilei, era ali onde queria minha cabeça reclinar.
Anestesiei as feridas que mesmo secas sangravam pelas vestes;
Fitei-me nas cicatrizes que delas viriam, meu corpo só sentia o aroma da cura depois da dor;
Aquele caminho frio e estreito, despiu meus olhos e percebi quanto tempo tinha o sorriso adormecido.
Consolei as memórias e enquanto toscanejam vi seus olhos fugindo da minha mente, tornaram-se mais turvas a cada passos para a frente;
Já não havia dúvidas, eu queria aquele lugar, pois este ar já não posso respirar.
De onde eu venho o sol brilha com raios mais sombrosos que a própria treva, não há alegria que se subscreva.
Preciso correr, sinto as pernas a tremerem.
Não posso sentir no corpo o toque do arrependimento, se foi com meus dentes que arranquei cada pedaço daquela história, não será apenas com a minha boca que a farei morta.
Daqui vou me desfazer antes que a lua venha e já não possa viver.
By Telma Almeida
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