SEJA ETERNO ENQUANTO EXISTIRES!

São inúmeros os versos rabiscados em muros, 
São tantas as melodias riscadas e entoadas nos lindos sons melódicos,
São incontáveis as tentativas falhas de definições dos poetas, 
Bem como as infindáveis serenatas.
Já muitas almas definharam-se na tentativa de te fazer viver.
Estás em todo lugar! 
e mesmo sem tua presença real,
teu nome as ruas tatuam, 
ao colorir de núde visível, 
os lábios de muitos que a ti evocam.
Por vezes és vivo;
És lindo;
És doce.
Noutros textos te vi ilusório;
Monstruoso;
Amargo;
Arrancando gemidos.
Partindo o céu e a terra de quem jurou provar da tua impalpável, 
e duvidosa objetividade implacável.
Em sonhos és a respiração de quem penetras, 
o vazio das sombras deixadas pelo pavor do dia que os medos incorporam;
Em fábulas és a doçura que não se conhece, 
a intensidade do que não se vê.
Por ti lágrimas viajam em rostos inocentes, 
almas reluzentes, 
e até cascas duras se amolecem.
Dissipam-se vidas em teu nome, 
rasgam-se correntes e rebentam-se laços. 
Conhecemos o castanho, 
pelo beijo do preto e o branco: Unes raças.
Alguns rejeitam-te! 
Outros vivem as cegas só para te encontrar. 
Ao certo é que, 
quer rejeitem-te, 
ou aceitem-te, 
serás sempre o que És.
Quer chamem-te de atração, 
Obsessão,
Criancice, borrice, química, rolo, bem-estar, energia, e blá blá blá... 
No fundo és o motivo de toda luta.
És a razão porque muitos braços não se cruzam:
És o vetor da solidariedade.
És o eixo da profecia,
És motor da militância.  
És o escândalo do arrogante, 
És o aconchego do Meliante.  
És feroz! Sagaz! Perspicaz!  
Não há quem de ti se dispa,
sem que lhe saia um suspiro na espinha, 
pela dor do desapego.
Tens o corpo quente onde costas feridas se aconchegam e encontram alento.
Unes mundos opostos, e ao semelhante fazes desconhecido.
E sem titubeio fazes aquele possuído por ti lançar-se no desconhecido. 
teus atuais turistas,
na alegria cantam-te louvores, 
Teus predadores na tristeza dizem horrores,
ferindo até ao próprio corpo, chamando a isso de ser você, 
com desenhos e frases que no fim do êxtase chamam-te “Paixão de pouca duração".
Loucura é achar que nada te abala e não há vento que te embala.
Afinal que força é esta que aprisiona almas que juram sempre estar livre?
Teu nome é Amor!
Já dizia Alguém: " o amor é benigno, tudo sofre, tudo crê, tudo suporta.", 
Digo-te, assim, seja eterno enquanto existires!
TELMA ALMEIDA

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