POR QUE PROCURAIS DENTRE OS MORTOS AQUELE QUE VIVE? ELE RESSUSCITOU! (LC. 24.5-6)
Aperfeiçoei minha leitura, lendo uma
História no livro da 5ª classe sobre "o Velho e o Rapaz". No qual o
Rapaz pergunta ao velho de inúmeras coisas seguidas, relacionado a distância
que se encontrava de sua casa. E o velho apenas respondia ao Rapaz com uma
simples palavra: ANDA. Resposta esta que deixava o rapaz bastante bravo.
Passando alguns anos essa
história ainda faz parte do meu imaginário o que me fez pensar a respeito de um
evento de suma importância para a História da humanidade: A Páscoa!
A palavra Páscoa do latim
pascae, do hebraico pesach e do Inglês past over, tem por significado
"passagem". No primeiro caso tem por significado literal
"PASSO". E no segundo e terceiro caso a palavras em hebraico e em
Inglês, tem por derivação: "passar por cima" podendo ainda significar
um movimento; um caminhar em direção a alguma coisa ou condição melhor.
No caso dos Hebreus
significou a passagem da Escravidão para a liberdade! por meio do perdão e da
ação de Deus na história.(Ex 12. 13, 27...) Para os Cristãos no geral
representa a passagem da morte para a vida eterna por meio da ação e dom
gratuito de Deus em Cristo: "Portanto, fomos sepultados com ele na morte
por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos
mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova"
(Rm.6.4). O autor continua argumentando "Esta palavra é absolutamente
digna de crédito: Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele
viveremos" (2 Tm 2:11).
Mesmo para aqueles que se
afirmam como Gnósticos a páscoa tem sua relevância e significação: A passagem
da supremacia do Espirito sobre a Matéria (Jag Sameaj). Pelos evangelhos
podemos afirmar que é a passagem das trevas para a maravilhosa Luz"(1
Pedro 2:9). Contudo, por meio de Cristo e não pela auto-suficiência humana (Ef
2.8-10).
Assim, é muito comum diante
dos problemas da vida, e diante das falsas trampas e tombos que esta escola
chamada vida nos prega ficarmos perplexos, sem saber o que fazer. Amedrontados,
nos sentimos e para a posição de inércia nos colocamos. Para o futuro, nosso
olhar opta por fugir. E no passado, encontramos nosso conforto e sossego.
Cabisbaixo, vazios, e sem rota de fuga nos sentamos e lamuriamos. Quando não,
nos lançamos a uma busca desenfreada daquilo que acreditamos vir saciar-nos sem
jamais nos perguntarmos se não estamos procurando pelos lugares errados. Tal
conforme aquelas mulheres, procurando pelo corpo do Messias (Lc 24. 4-6).
Contudo o Deus YHWH (Javé) é aquele que se coloca ao nosso lado (Lc 24. 4), que
luta as nossas lutas e que nos anima a caminhar (2 Cr 32.7-8), ao mesmo tempo
que caminha com a gente. entra no curso da História agindo em favor de nós. (Lc
21. 13-35). De nossa parte basta apenas Dependência a Ele buscar por Ele e seu
reino antes que qualquer outra coisa. Só então tudo mais nos será acrescentado
(Mt. 6.33). A pronta pergunta ecoa até hoje "Por que vocês estão
procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui!
Ressuscitou!" (Lc 24.5-6).
Quanto ao texto, o Velho
dizia ao rapaz para andar porque não sabia qual o tamanho de seus passos para
estimar quanto tempo o rapaz demoraria para chegar ao seu destino.
Quanto ao significado da
Páscoa, espero do fundo do coração que dentre os vários significados possamos
conservar aquele que nos impulsiona: primeiro ao ser dependentes de Deus (já
que a páscoa é a manifestação da poderosa ação libertadora de Deus por meio do
seu perdão e Graça). E em segundo lugar a caminhar em busca do seu Reino e sua
Justiça. Dando um "passo" de cada vez. Alguns maiores que outros, conforme
pensamento ilustrado na história supracitada, contudo sem jamais nos deixarmos
ficar no inerte conformismo. Conforme adverte o apóstolo Paulo: "não devemos
nos conformar com este mundo, mas devemos sim, transformar-nos pela renovação
da nossa mente, para que provemos qual é a boa, agradável e perfeita vontade de
Deus" (Romanos 12:2).
Desta forma, que arda em nós
o mesmo Espírito que esteve com os grandes homens e mulheres que este mundo não
lhes era digno (Hb 11:38): Moisés, Ruth, Paulo, Maria, Lutero, Argula Von
Stauffen, Luther King, Ângela Davis, Gandhi, Madre Teresa etc....que uma vez
impulsionados pela mão de Deus, souberam ler os seus tempos a fim de saírem da obsolescência.
Saíram da obsoleta resignação para à ação;
da insensibilidade à solidariedade; da mera queixa à resolução de
conflitos; dos cismas à serenidade; da suspeita ao voto de fé; do temor ao
destemor permeado pela coragem oriunda do amor que lança fora o medo (1 Jo
4:18) Pois "o amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor
não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não
busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a
injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta. O amor nunca falha" (1Cor13. 4-8).
E é com este amor que nos
lançaremos em busca de religar sem timidez os pedaços de sonhos desfeitos e
recomeçar tudo outra vez; É munidos deste amor que iremos ao encontro do outro
deixando para traz a arrogante autossuficiência e trazer de volta os laços
rompidos; é com este olhar terno e amoroso que nos permitiremos enxergar sem remorso
para o nosso passado, desfrutar plenamente do presente e projetar
ambiciosamente o futuro. Em fim, será este amor que nos fará sentir-nos inútil
se não formos úteis para o próximo. Este amor é Deus (Jo 1 Jo 4:8).
Assim, conforme Deus
demonstrou, e continua demostrando sua Acão no curso da história humana em um
ato de perdão, amor e misericórdia para com a sua criação, assim também nos
impele a fazer o mesmo. Desta forma o AMOR resume toda nossa vivência: amar à
Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento e
amar ao próximo como nós mesmo (Mt 22:34-40). Este é o paradoxo do amor: no
qual amaremos ao Criador supremo quando amarmos ao próximo e amaremos ao próximo
(por próximo me refiro ao geração passada, presente e futura) quando amarmos ao
criador supremo (1 Jo 4)
Feliz Páscoa!
EMILIANO JAMBA ANTÔNIO JOÃO
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